20/ago

Como os transtornos alimentares podem afetar a saúde física

Juliana Correia
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Distúrbios alimentares prejudicam significamente a saúde física e mental do indivíduo e, por esse motivo, precisam ser tratados o quanto antes. Por mais que a causa desses transtornos seja desconhecida, eles tendem a surgir no final da adolescência e início da fase adulta. Eles estão listados entre as doenças crônicas mais comuns na juventude.

Esses transtornos estão altamente ligados a problemas psicológicos como baixa autoestima, perfeccionismo, ansiedade e obsessividade. Além desses fatores, a pressão imposta pela sociedade sobre um “padrão de beleza” também é um forte gatilho para a aparição desses problemas.

É vital que os familiares e amigos estejam atentos a sinais de alerta para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível. São doenças que requerem tratamentos longos e, por sua vez, quanto mais cedo é descoberto, mais chances o tratamento terapêutico e acompanhamento médico têm de serem mais eficazes.

Os transtornos alimentares mais comuns são a anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Entenda um pouco mais sobre eles:

Anorexia: Esse transtorno se caracteriza pela redução na quantidade de alimentos ingeridos por uma recusa em se alimentar. Isso acontece devido à obsessão por emagrecimento e ao medo de ganhar peso.

Além disso, há uma percepção distorcida do corpo: A pessoa continua se vendo fora do peso mesmo se estiver abaixo dele. Neste caso, os principais sintomas físicos são: Obsessão pelo controle do peso, desculpas para não comer, agressividade e isolamento social, prática exagerada de exercícios, queda de cabelo, manchas nas unhas, interrupção da menstruação (nas mulheres) e perda de libido (nos homens).

Bulimia: O distúrbio da bulimia é caracterizado pela compulsão por comer quantidades grandes de comida e em seguida, querer livrar-se das calorias adquiridas pela indução do vômito ou uso de laxantes logo após a refeição.

Os principais sinais de alerta são: cáries frequentes, úlceras na parede do estômago, feridas nas mãos, uso excessivo de laxantes e diuréticos, alteração no horário das refeições e seu aumento relativo, agressividade, isolamento social, depressão e ansiedade.

Compulsão alimentar periódica: A compulsão alimentar é caracterizada pelo fato da pessoa comer grandes quantidades de alimentos rapidamente mesmo quando se sente saciada. Mas, ao contrário da bulimia, esta não induz o vômito ou usa laxantes depois como mecanismo de compensação.

Esse comportamento se remete principalmente a situações de pressão psicológica, quando o indivíduo se sente diminuído e por sua vez, acaba descontando suas frustrações em cima da comida.

Os principais sintomas físicos de episódios de compulsão são: comer rápido, comer sem fome, comer até ficar cheio ou passar mal. Os sintomas psicológicos remetem a instabilidade de humor, impulsividade, baixa tolerância à frustração, ansiedade, depressão e comportamento compulsivo em outros aspectos do dia a dia.

Transtornos alimentares e saúde bucal

Além de serem fatores que comprometem a saúde física e mental do ser humano, transtornos alimentares causam prejuízos à saúde bucal. Nestes casos, as alterações bucais são diversas e, como os dentes possuem uma aparência característica, o dentista pode ser o primeiro profissional a detectar o distúrbio em questão antes mesmo que sinais como perda e ganho excessivo de peso fiquem visíveis.

Pessoas que sofrem de anorexia, por exemplo, possuem uma deficiência em vitaminas, minerais e nutrientes no organismo. Esta, pode ocasionar o desenvolvimento de osteoporose em consequência do enfraquecimento dos ossos maxilares que suportam os dentes, podendo chegar até a perda dental.

Aqueles que sofrem de distúrbios como a bulimia costumam ter problemas relacionados a perda de paladar e problemas nas glândulas salivares. Além disso, o vômito gera um ambiente ácido na cavidade oral e desgasta o esmalte do dente. Em induções frequentes do ato pode haver destruição dos tecidos duros das coroas dos dentes, cáries, descoloração e perda dental.

A dentição de pacientes com convulsividade alimentar é caracterizada pela sensibilidade nos dentes, lesões bucais e boca e lábios secos e trincados. A convulsividade também aumenta a propensão a cárie dentária.

Em casos em que a qualidade vital dos dentes e da boca é comprometida, é interessante buscar por um plano de saúde odontológico que atenda às necessidades do seu tratamento da melhor maneira possível. Converse com o seu médico odontologista para saber as opções de plano odontológico particular que a clínica em questão trabalha.

Uma outra opção é fazer uma pesquisa na internet. Utilize palavras-chave como “plano odonto” ou “plano odontológico pessoa física” para obter melhores resultados nos campos de busca.

Acompanhamento psicológico

A psicoterapia é uma etapa fundamental para auxiliar no tratamento de pessoas com transtornos alimentares. Essa, é capaz de modificar os padrões de comportamento, possibilitando o aumento da autoestima do paciente além de fornecer apoio emocional, que permite que o indivíduo tenha melhores condições de conviver no meio social.

Se estendida para os familiares, os profissionais da área podem orientar a família sobre procedimentos que auxiliem a melhora do cliente que sofre desses transtornos.

Ela é de extrema necessidade tanto para o indivíduo, quanto para aqueles do seu convívio social diário. É preciso entender que um transtorno alimentar deve ser tratado com acompanhamento psicológico.

Durante o tratamento, é necessário calma, persistência, disciplina e a prática de atividades físicas e nunca se esquecer de que para se ter um corpo saudável, primeiro é preciso uma mente saudável.

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Juliana Correia

Juliana Correia

Fitness Coach
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